quarta-feira, 6 de abril de 2011

Teogonia - parte 5

Então ele veio da imensidão incomensurável,
Zaur, o Senhor do Escuro, o dragão das trevas,
E tomou Kai, mãe-deusa como senhora e esposa.
E as estrelas se tornaram meros pontos no céu.

Para o bem e para o mal, sua chegada iria mudar tudo
Toda a história do mundo outrora de Kai, a Terra
Seria contada por outro viés, e muitos vaticínios confirmados

Dedicada a seu esposo, a outrora gentil e generosa, Kai, a Primeira mudou;
Disseram que o toque maculado de Zaur a tudo perverte e consome,
Tornaram a deusa fria e indiferente. E muito embora clamem os dragões
Serem deles como filhos, foi fato que desde sua chegada, a Terra era estéril!

Todos padeciam com isso, mas a Grande Mãe parecia não importar...
Mikra, sua filha favorita, responsável pela vida e natureza era quem mais sofria
Pois diretamente da mãe dependia suas forças e labor divino, secava e sangrava.

Por toda parte, clamaram aos deuses que os salvassem.
E os deuses-estrelas atenderam: retornaram ao céu
Sua luz não mais era suficiente para apagar as trevas no coração da deusa.
E num clamor unido, uniram seus poderes, cedendo parte de suas forças.

Criavam assim, alguém como eles, um ser das estrelas, porém, maior.
Nascia assim, o poderoso, mavioso, inefável, inexpugnável, Pospór, o Sol!
Dragão Solar, Pospór; a quem muito chamam de Hellios, cujo nome louvam.

Seu brilho e fulgor, espantaram as trevas que assomavam o orbe; Ele viu Kai.
A viu enferma e carente e logo ali se enamorou. Desposou-a ali mesmo e assim,
Fecundou a Terra, fazendo-a fértil uma vez mais! Kai, renascia, renovada enternecida!
Mikra se salvava e ajudava a mãe no parto desta união que tanto préstimo e alegria trazia.

Luna era a primeira, seguida de Lifh, filhas da Terra e do Sol, se ergueram luas e foram ao céu
Decidiram viver ao lado de seu pai, enquanto os que estavam embaixo comemoravam,
Em especial, a irmã Natureza, que tratou como sagrado o aniversário das irmãs celestiais.

Mas nem tudo era alegria e festa; Zaur, a noite retornara e descobrira que havia sido traído.
E foi atrás de seu rival ter satisfações, punições e vingança pela afronta que havia sofrido.
E foram ambos, cada qual com suas tropas de anjos e demônios; dragões luminosos e trevosos;
Onde curiosamente não notavam em sua briga, como o ciclo noite e dia, dia e noite era bom.

Num tempo interminavelmente longo para contar lutaram com seus servos até só ambos restar
Onde chegava a hora do confronto final. Luz versus Trevas; Marido versus Amante; Mácula versus Pureza.
O final foi estarrecedor! Pospór vencera e arremessava o inimigo vencido em direção ao planeta!

A Cratera sem Fundo surgiu logo depois, rachando o continente e mudando a geografia local para sempre.
E isso não foi a pior parte! Desejando continuar o enfrentamento, Pospór desceu a terra para esperar.
E sem perceber, quando pisou ao lado da cratera, incendiou milhares e milhares de quilômetros.
Deserto maldito e indelével, que existe até os dias de hoje, O Grande Deserto de Pousson...

Sem intenção e arrependido, o deus-sol ascendeu e prometeu não mais se aproximar perigosamente,
De quem um dia se aproximou para poder salvar; Mortais e até um deus que estava na área porém...
Haviam sido marcados e odiariam a luz a partir dali por todo o sempre; Pousson, a praga assim jurava.

Este porém não foi o fim dessa história; Muito mais estava por vir após este evento épico...

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