domingo, 22 de maio de 2011

Teogonia - parte 10

Outra contenda estava por iniciar-se causada por um equívoco;
O que outrora fora uma comemoração, agora era plena discórdia.
Mikra, a deusa da natureza protagonizava agora um evento trágico.
Seu nome seria dali por diante maculado do que antes era só alegria.

A natureza e deusa da vida, ligava o nascimento e floração ao ciclo;
Suas irmãs celestes e lunares homenageara, dando as fêmeas seu ritmo.
Assim, como as sementes teriam todas um momento certo para procriar.
As as irmãs luas, alternadas no céu, ditariam essa sábia e sagrada medida.

A deusa aqui clamado: 'Que os devotos festejem a benção do sol e filhas!'
'Pois estas quando nasceram, cheias no céu, também foram prova de vida';
'Nesse dia, a Natureza, Mikra, também era salva da Morte que Definha'.

'O Sol fecunda a Terra; todos os demais deles subsistem e guardam louvor'.
'Então, quando uma das irmãs celestes aparecer cheia na noite com sua luz',
'Os devotos da deusa devem a vida conclamar e multiplicar, Mikra ordena.'

Este conclame levou ao que foi instituído nos cultos, ao ritual de Mikra;
Originalmente, a uma celebração da festa da colheita e da semeadura;
Embora houvesse sido incutida a festa da procriação da vida, e famosa:
Conhecida por outros termos como culto a fertilidade, da terra e da carne.

Não sem razão, nas cidades, dos deuses celestes, assim foram chamadas:
O sagrado meretrício, com ironia e sarcasmo, servas da deusa prostituta.
Os quais, tanto a deusa, tal qual servos não se importam com rótulos tais;
Sabendo quão por um fio esteve toda a vida, o escárnio é preço pequeno.

O culto tem seus devotos e diferentes formas de agradecer pela vida;
 E respeito com seus participantes e devotos por seu esforço e garantia,
Que a existência da deusa e mortais jamais será ameaçada novamente.

E a quem zomba ou abusa da deusa diretamente em seu ritual ou votos
Um terrível castigo de humilhação e reflexão ela deixa para os heréticos,
Onde aprenderão no cerne que a Natureza é rígida, mas generosa e sábia.

Que dizer então, do clamor das tribos atacadas pelos bárbaros selvagens?
Das mulheres sequestradas e a força tomadas? Elas gritaram e choraram,
Mas Mikra não estava lá para protegê-las; pior era o que os bárbaros diziam,
Ao afirmar que só estavam seguindo aquilo que sua deusa lhes mandava!

Neste horror noturno sob a luz do luar, as fiéis outras protetoras chamaram:
Luna e Lifh, a lua prateada e a lua rubra, desceram dos céus e as ouviram,
As suplicantes pediram às deusas não vingança nem poder para punir, mas sim
A capacidade para se protegerem; e as deusas gostaram do que elas diziam.

Tornaram estas mortais amazonas, treinadas em combate para deter os facínoras;
E se estes, em nome da natureza, como feras se comportavam, assim sofreriam:
Com a fúria rubra e Lifh e os grilhões de prateados de Luna, os bárbaros cairiam.

Começava deste dia em diante a maldição da licantropia; nela, sofreriam o castigo,
Aqueles homens que se comportavam como animais, seriam feras para sempre;
E as devotas das deusas da amazonas, os controlariam, domados nesses grilhões.

Começava o conflitos que duraria séculos a partir deste dia, amazonas X bárbaros.
Eles acusando-as de terem suas tribos atacadas pelas terríveis mulheres guerreiras;
Elas dizendo que defendem suas terras das invasões de sequestradores de donzelas;
Que castigam com justiça, transformando-os em animais o feras de combate delas.

Os totens também tratam por afronta ao usar o poder que lhes cabe nesta criação
Os animais não nasceram para grilhões, nem para ser deste modo, domesticados;
A raiva irá erigir e um dia, as amazonas iriam se arrepender por temível pecado.
Pois um dia, acaso libertados, não teriam poder demais para serem controlados?

As deusas riem, ignorando os pobres espíritos coletivos dos totens dos animais;
Ouviram falar que eram fugidos do Submundo e que não haviam sido recolhidos
Por pena da deusa dos mortos; e assim não deram ouvidos ao terrível vaticínio.

Já que é o Destino, caprichoso e volúvel, decide dar ouvidos a quem conclama,
Palavras de justiça e castigo para quem os poderes por ele concedidos, abusa,
Criando uma história de salvação de uma salvadora nascida do fruto proibido...

Mas isso é outra história...

domingo, 15 de maio de 2011

Teogonia - parte 9

Outra dupla peculiar passou quase incólume pelas terras da deusa.
Eram eles, marido e mulher, deuses, vindo com o panteão celeste.
Pais dos pequeninos, povo migrante que tem muito a nos contar.

Raça de miúdos sorridentes, os quais dizem que crianças parecem;
Polidez e cortesia são necessários para tratar com estes dois;
E assim, conforme a lenda passa e perpassa, se ouve a toda hora,
Pois, destratar qualquer um deles que seja traz muita má sorte.

E não apenas seria obra do acaso, pois além dos pequeninos,
Serem chamados de povo que anda com a boa sorte, os deuses,
Tem ambos, marido e mulher, os olhos sobre o povo que criou.

Ekron, o espiritualizado, pai dos halfings astrais, guarda consigo,
Um poderoso guardião ou anjo da guarda que se manifesta,
Prontamente para deter os desafortunados que lhe prejudicam;
Assim é o poder psíquico deste deus do mundo do céu acima.

Anise, a de muitos títulos: dedos leves, a dama discreta, esguia;
A senhora irascível, mãe dos halfings, ladinos e senhora da sorte;
Irritá-la é trazer prejuízo, que vem de muitas formas e juízos.

Para o bem estar de todos, felizmente, seja por conta destas lendas,
Ou outro motivo aparente, qualquer que seja, é fato sobre os halflings
Que eles pessoalmente são corteses por natureza e isto os beneficia,
Seja aparência, carisma ou outra feita, ninguém jamais os odeia.

E assim seguem, estes peregrinos, ora sábios, trapaceiros, ladrões,
Profetas, turistas ou errantes. E em suas viagens ouvem muito.
E não a toa, sabem muito, e em muitas histórias e lendas para contar.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Teogonia - parte 8

Haviam entretanto muitos outros contos e desventuras a se contar.
Mais deuses, e suas já esperadas intervenções no reino dos mortais;
Entre elas, chama a atenção a chegada de estranhos de outro mundo.
Buscando um fim ao que consideravam um tormento, eles buscaram,
E enfim, após longa jornada através dos mundos, finalmente vieram.

Estes eram o povo belo vindo de outro mundo, um reino distante,
Aos quais, o homens podem apenas sonhar, o Plano das Fadas,
Dotado de beleza e horror, beleza e tristeza, glamour e sonhar;
E fadas caprichosas, como o dia e a noite, cheias de costumes,
Costumes e regras, cujos corações caóticos não podem ignorar.

Seus nomes e formas são muitos, seu povo incrivelmente variado,
Seus líderes, chamam de elfos, e de corte feérica são chamados.
Sua Chegada foi em algum momento da guerra de Póspor e Zaur.
Trouxeram esperança e conforto aos mortais que lá tanto sonhavam,
E dizem que foi pelos sonhos deles que nosso mundo encontraram.

Seus líderes, tão belos e estranhos, tão estranhos a este mundo,
Fizeram, destes filhos de um clã, com Mikra, a deusa, um acordo:
Protegeriam a beleza deste mundo, a natureza e com ela se uniriam
Desta forma estaria assegurado a quem quisesse, do povo deles,
O direito a este mundo de existir e viver, não apenas ser do sonhar.

Uma grande família compunha estes clãs, aos quais, eram lordes e pais
De muitos seres a quem chamam de fadas, quer sejam elas boas ou más
Diferente são suas regras e interpretação do mundo; por isso foi difícil
Entender como era viver neste mundo de deuses e mortais, onde antes,
Para elas eram todos, ao seu modo, belos, perfeitos, morais e imortais.

Elis Othuanien é o seu rei; patrono da música, exclama a beleza da inspiração;
Seus filhos, são os lordes elfos, os quais tudo podem e herdam, de melhor e pior;


Yrven Anasindel, a arquimaga, dotou seus filhos de aptidão e potencialidade;
Eles são elfos de ouro, tais quais seus cabelos, geniosos e brilhantes como o sol.

Swanor Lorenser, o caçador, silencioso e astuto, foi o primeiro a conhecer Hellios;
Seus filhos, os esmeralda, primeiros a ignorar o luxo e nobreza para conhecer o mundo.

Noraer Narwham, a amazona, deixou sua graça e perícia para seus filhos, elfos rubi,
Todos, admiram sua maestria na perfeita combinação de espada e magia que criou.

Isilion Mistade, primo do rei, quem ficou abaixo na hierarquia, deus aos seus filhos de prata,
O respeito e orgulho, de que soubessem que são tudo que há de mais nobre e belo das fadas.

Aurchien Galenedea, por sua vez, não desejando ficar mais abaixo, deu precisão e firmesa aos seus;
Toque delicado e sutil, seus elfos de bronze de cabelo ocre, são os melhores artífices e criadores.

Gwensal, ou às vezes,  Umthaw Dúrandir, o sábio, estudioso dos povos e do mundo, encontrou.
Os clãs queriam um mundo para conhecer e ele deu o dom da viagem aos seus filhos, elfos ônix.

Maelui Vairantil, a mais bela de todas, a orgulhosa e vaidosa, dona de todos os sortilégios da magia;
A feiticeira, bruxa e sedutora, mecenas da arte dedo que há de mais belo; os filhos são de ametista.

Estes eram os visitantes do outro mundo, que aqui conheceram e decidiram nestas terras ficar.
Nomeram um reino, de nome Tarantir e lá hospedaram todos de sua raça que desejaram.
O mortais tão intrigados com a beleza estoica e exótica, destes a quem chamavam de fadas,
Igualmente, a curiosidade intrigava quão era instigante a imperfeição humana e o que admiravam:
A força enorme da paixão em seus corações; algo que há muito procuravam no seu mundo.

Mas não se engane; na terra das fadas, nem tudo o que se vê é ilusão;
O glamour guarda muitas surpresas e mistérios, nessa terra de aparências,
Onde o que mais há é intriga, palavras veladas, meias-verdades e dissimulação
Na corte feérica e terras adjecentes, onde todo tipo de criatura e traquitana habitam
Caia em suas graças e desfrute seus augúrios; enfureça-os e espere toda sorte de infortúnios